Os medos infantis são pauta de diálogo de educadores, psicólogos, pais e profissionais envolvidos com essa questão, na busca de soluções e estratégias para auxiliar os pequenos a superar essa fase.
E quem nessa vida não tem medo de alguma coisa? Mostrar aos pequenos como é normal ter medo, que nós também sentimos alguns medos, e que nossos medos nos protegem do perigo, os ajuda a entender o que sentem. Quando esse medo ultrapassa o limite da proteção e começa a atrapalhar o desenvolvimento da criança e a rotina da família, o alerta deve ser ligado!
Entender o que a criança sente e como está encarando esses medos, é fundamental para que a família possa ajudar. O diálogo, compreensão e carinho são essenciais nesse momento para superação dessa fase juntos.
Os medos mais comuns que a criança sente são: medo do escuro, de ficar sozinho, de ser abandonada pela família, dos pais se separarem ou morrerem, de monstros, de serem rejeitada pelos amigos. E há ainda os medos que surgem decorrentes de situações, experiências vividas pela criança e que podem ser traumáticas, como: tomar uma queda da bicicleta, ser mordida por um cachorro, arranhada por um gato, por exemplo. A criança passa a temer andar de bicicleta, desenvolve um medo enorme de cachorro e gato.
A criança precisa sentir-se segura e a família precisa estar atenta a algumas atitudes. A superproteção ou levar a criança para dormir na cama dos pais sempre que esse medo se apresenta, não é o melhor caminho, muito menos repreender esta criança por conta do medo que sente, isso mostra que a família não se importa.
Dessa forma, os medos são potencializados, pois a criança se vê sozinha e insegura. Mostre sempre a criança que ela pode contar com você. Em todos os casos, a criança precisa ter clara a definição dos espaços, e que seu quarto é onde ela precisa ficar. Mas para que esse processo ocorra de forma leve e descontraída, a família precisa estar perto. Por exemplo, se criança tem medo de dormir sozinha, crie uma rotina no quarto dela, onde você esteja presente como: leituras, inventar histórias divertidas, música para dormir, relaxamento e vá dando autonomia para esse momento, fique sempre ao lado da cama, em uma cadeira ou poltrona.
Discuta com sua criança as estratégias que podem usar na hora de dormir para que ela saiba que está segura: deixe uma luz indireta acesa, por exemplo. Criado esse ambiente seguro, a família pode conversar com a criança para que ela tenha a compreensão do que existe de verdade e do que é fantasioso. Para as crianças, não há uma diferença entre eles. Quando ela assiste um filme com monstros ou figuras aterrorizantes ou vê uma notícia ruim, ela acredita que eles existem e que podem entrar em seu quarto a qualquer momento. Por isso a importância da família estar atenta para os jogos que as crianças brincam e os programas e desenhos que assistem. Normalmente, esses pensamentos vêm na hora de dormir, pois a criança não está mais envolvida com os brinquedos, está ali apenas com seus pensamentos. Daí a importância da rotina na hora do soninho. A criança se sente segura, ocupa esse tempo se dedicando ao seu relaxamento e dorme mais tranquila e feliz.
Quando procurar ajuda?
Quando a família fez todas as tentativas mencionadas acima e os medos se intensificaram ao ponto de dificultar o desenvolvimento da criança e a rotina da família, é sinal para procurar ajuda profissional.
Como a Hipnoterapia pode ajudar?
Os medos são criados na mente da criança a partir do seu imaginário utilizando-se das experiências que ela tem brincando em suas relações com o mundo externo.
“É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, em vez de uma esfera visual externa , dependendo das motivações e tendências internas e não dos incentivos fornecidos pelos objetos externos.” (Vigotski, 2007 – A Formação Social da Mente).
O significado dado a esse mundo imaginário é criado por cada criança de uma forma muito particular, pois se trata de um movimento interno. Por isso nem todas as crianças sentem os mesmos medos ou os resolve da mesma forma.
A Hipnoterapia auxilia a criança a ressignificar essa emoção em seu mundo imaginário trazendo uma nova perspectiva à sua realidade, transformando a sua rotina e a sua vida.
